Do que ainda não te disse, dificilmente o conseguirei expressar sorrindo com toda a minha alegria contagiante, ao me defrontar com a morte de tudo aquilo a que chamávamos " somos diferentes". Somos corpos contaminados pela, escuridão, vazio, pelo silencio permanente. Fomos ... somos ... seremos sonhos interrompidos, fomos frases nunca ditas, tornamos-nos "desgaste" Triste é a procura da sepultura onde depositar eternamente os espojos de nós, que ainda consigo manter vivos, que sinto no pulsar do meu peito, onde ainda correm vivos nas minhas veias. Não é uma morte cerebral porque ainda te penso, ainda te cheiro ...nas partícula ordoríferas que me trazem momentos à memoria de sorrisos ... olhares ... cumplicidade ... compreensão, deixaste-as suspensas no ar para que agora ainda te respirasse nesta sofredora morte lenta. Morreremos longe, a distancia é o lugar mais próximo e de maior proximidade ... tenho-te por perto, amando-te todas as manhãs num lugar cheio de saudade esse é um lugar também ele um lugar feliz, onde me descreves viva, onde me contas uma historia sem que me grites uma mentira, onde és feliz [Só para nós dois "Dir-te-ia que os momentos vividos em plena felicidade rapidamente me transformam na mais profunda infelicidade" fizeste-me chorar mas jamais te direi porquê] ... onde sei que dás preferência ao ballet do que ao teatro, pois seria interessante saber todos aqueles passos, aqueles como se diz? ... Démi Plié, Petitt Batteman ? ... de num acto de tentar ser uma bailarina amadora danço torta mas sorridente em bicos dos pés porque em pontas seria fractura certa, sorrindo-te sorrindo-te envergonhada mas sorrindo-te porque também sei aprender qualquer coisa mesmo que seja para te ver sorrir [feliz por instantes]. Nesse lugar feliz teríamos que construir uma adega ... eu confesso que dou preferência ao vinho alentejano , e não me chames esquisita "e lá estas tu a queixar-te só sabes queixar-te"... mas são origens, são raízes são preferências... sorrindo-te... há tanta coisa no mundo dos vivos , no mundo que ainda me mantém viva, lá há esperança, lá consigo encontrar força...
Há alturas que merecem silencio, que com ele sangram mas nunca lhe deixe que a morte se aproxime . que o cansaço nos faça acertar o passo para consigamos encontrar o rumo, porque ambos sabemos que há uma coisa na vida que não se pode mendigar... o amor.
Entre o meu corpo e o teu há uma vaga ou o abismo? [Secret@]
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância porque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer porque metade de mim é plateia e a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro
Há alturas que merecem silencio, que com ele sangram mas nunca lhe deixe que a morte se aproxime . que o cansaço nos faça acertar o passo para consigamos encontrar o rumo, porque ambos sabemos que há uma coisa na vida que não se pode mendigar... o amor.
Entre o meu corpo e o teu há uma vaga ou o abismo? [Secret@]
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância porque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer porque metade de mim é plateia e a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro