sábado, 28 de março de 2009


Há banquetes que se tornam deliciosos para quem nos observa, onde os cheiros invocam as sensações verdadeiras, emoções suicidas que dão fim a um desejo carnal. Existe entre cheiros e sabores, entre corpos exaustos e outros mortos, sinais de consumação de momentos enojados envoltos num aroma forte de tabaco... onde observo as curvas delineadas, num corpo suado, rosto consumido pelo cansaço, de mão dadas de olhos cerrados me indica o caminho para continuar a ganhar forças onde já esgotadas se entregam aos lençóis onde me cubro absolutamente do nada. Quero apenas o silêncio, permanecer imóvel, convencer-me que apenas nos tocamos como humanos... ansiando uma saída sem reencontros onde desde o principio nunca mais poderá haver desencontros. Existem algumas coisas de que gosto, mesmo sem conseguir dizer o porquê, talvez não exista razão, onde não o faço por obrigação ... simplesmente sobrevivo...
Inspiro sem medo, o próximo acto ... na incerteza de que (será) que estás sempre a meu lado?



Atravessamos o presente de olhos vendados. No máximo, conseguimos pressentir e adivinhar aquilo que estamos a viver. Só mais tarde, quando se desata a venda e examinamos o passado, é que nos apercebemos daquilo que vivemos e compreendemos o seu sentido.
Pensava eu que naquela noite estava a brindar ao meu sucesso e nem por sombras imaginava que era a abertura solene do meu fim.

Milan Kundera



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