segunda-feira, 6 de abril de 2009

Acordei com uma saudade invasora. Chamo-te em tom baixo para que te juntes a mim num sonho real. Descubro-te num sonho, numa cama incompleta e coberta de vazio, na ausência da ternura, entre gestos que ficaram de empatia, em essências que habitam num espaço sem cheiro.
... Como te poderia transformar em nada, trocar-te pela indiferença ou transformar a ausência pela tua presença. Poderia transformar os instantes pela eternidade, baralhar a certeza com a incerteza. Cansa-me o correcto, entristece-me o longínquo, fico feliz com um sorriso, desperta-me a sedução, vicia-me a paixão... mas mesmo assim guardo-te.
Sempre que me fazes falta, quando te lembro, na falta dos sorrisos, na falta dos gesto, na ausência dos abraços, simplesmente ...
...Sonho-te


Não me parecia que estivesse a representar, ele era natural de mais para o fazer e era manifesta a sua sinceridade; porém, havia algo no seu íntimo, não sei se lhe chame consciência, sensibilidade ou força interior, que o mantinha estranhamente distante.


Somerset Maugham - O Fio da Navalha


1 comentário:

Anónimo disse...

Tu provocas-me a necessidade de te procurar.