terça-feira, 23 de agosto de 2011


Os relógios na parede marcam a diferença horária das cidades do mundo. de pessoa em pessoa também há uma diferença horária, quase imperceptível. impossível de medir. foi o tempo que parou nestes lugares ou são os lugares que pertencem ao passado? talvez não sejam os lugares, mas os nomes o que habitamos. e as cidades só existam nas lendas e nos mapas imaginários e íntimos. há mil e uma coisas a acontecer numa estação. espaço de partidas e chegadas de lugares distantes, de indefinida ansiedade e suspensão. como uma pausa nos lugares do mundo.
 
Nuno  Artur Silva- As passagens no tempo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Era uma vez alguém (desprezivel)que andava a dizer que o dinheiro não era importante e que se o fosse sabia onde ir. Era uma vez alguém (desprezivel) que acabou por procurar o dinheiro e vender-se em exclusivo sob a capa ou um véu branco. Era uma vez alguém (desprezivel) que com vergonha (ou sem ela) na cara, sabendo que tinha enganado, mentido, traído tudo o que a rodeava e tudo o que falsamente apregoava como sendo a sua personalidade, fugiu, escondeu-se, acobardou-se. Era uma vez alguém (desprezivel) que agora escolheu outra vítima, uma vítima que já não lhe dará aquilo que dizia que precisava mas irá dar-lhe falsas aparências, dinheiro e uma vida de fachada que servirá para se julgar feliz. Era uma vez alguém (desprezivel) que viverá na mentira seguinte, sugando sangue fresco, escondendo bem o seu carácter. Era uma vez alguém (desprezível) que consegue, num ápice, provocar náuseas, nojo e repulsa, é capaz de provocar promessas aos deuses para que tudo lhe corra mal e que os seus dias sejam miseráveis. Era uma vez alguém (desprezivel) que julga que vive mas arrasta-se como uma cobra e infeliz daqueles que como tantos outros se deixem enredar por alguém que nem sequer tem a noção do mal que provoca, a si e aos outros.
Era uma vez alguém (desprezível)que foi capaz de assistir à destruição de quem já tinha destruído sem uma única palavra, sem mesericórdia. Era uma vez alguém (desprezivel)que o tempo irá encarregar-se de a castigar duramente, infelizmente, nunca na mesma porporção em que ela conseguiu castigar os outros.
E se houver justiça, nunca os seus dias serão preenchidos pela felicidade. Se houver justiça, sofrerá às mãos de alguém capaz de lhe oferecer o mesmo veneno que deu a provar.
A cobardia, sobertudo a cobardia é típica dos invertebrados.