terça-feira, 7 de abril de 2009


Devia ser proibido desejar-te tanto, amar-te tanto. Consigo seguir no escuro o teu olhar, correr atrás do som dos teus passos. Debaixo de uma manta, encosto a minha cabeça sobre o teu colo, deitada sobre a vigília do teu olhar. Encolho os ombros, reconforto o pescoço do frio, sorrio-te. És tão natural, és tão tu, tão natural como estares em tudo o que é vida. O encanto de não necessitar do silêncio para nos escutarmos, no entendimento cumplice de existirmos unicamente na clandestinidade... sorrimos ...
Por aquele desejo que sorves de mim, confesso-te secretamente ...
Amo-te



... Ela tem em si o perfume insubstituível do
poder dele sobre ela...

Marguerite Duras

1 comentário:

Anónimo disse...

A clandestinidade suscita-me algum interesse. Não te reveles a estranhos corres o risco de ser algemada, mas confesso que me deixa bastante curioso.

Aguardo pela ponta do véu.